Normas, certificações e regulamentações: O guia definitivo para a segurança dos alimentos
A segurança e a qualidade dos alimentos são preocupações fundamentais em todo o mundo, afetando a saúde pública e a confiança dos consumidores.
A segurança dos alimentos refere-se à garantia de que os alimentos estão livres de contaminantes prejudiciais e são seguros para o consumo humano. Isso inclui a prevenção de riscos de contaminação microbiológicas, físicas, químicas e alergênicas. Por outro lado, a qualidade dos alimentos diz respeito às características sensoriais, nutricionais e funcionais dos produtos alimentícios, que influenciam a experiência do consumidor e sua percepção sobre a marca.
Para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos, são estabelecidos padrões e regulamentos que orientam as práticas e processos ao longo de toda a cadeia de produção e distribuição. Esses padrões abrangem desde a produção primária até o consumo final e envolvem aspectos como higiene, controle de qualidade, rastreabilidade e rotulagem adequada.
Ao adotar e manter padrões elevados de segurança dos alimentos, as empresas não apenas cumprem com suas responsabilidades éticas e legais, mas também fortalecem sua reputação no mercado e geram confiança frente aos consumidores.
Nesse sentido, a cooperação entre órgãos regulamentadores, organizações internacionais, empresas e consumidores é essencial para promover uma indústria de alimentos segura, sustentável e responsável.
Para que você entenda a importância, bem como, a diferença entre normas, certificações e regulamentações, resolvemos aprofundar este tema aqui no Blog, acompanhe:
Normas internacionais de segurança dos alimentos
As normas internacionais estabelecem diretrizes e requisitos para garantir a segurança e a qualidade dos alimentos em nível global.
Uma das normas mais reconhecidas é a ISO 22000, que define os requisitos para um sistema de gestão de segurança de alimentos.
A norma é baseada nos princípios do sistema HACCP (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e é aplicável a todas as organizações na cadeia alimentar, desde produtores agrícolas até varejistas e serviços de alimentação.
Além disso, o Codex Alimentarius, uma coleção de normas e diretrizes desenvolvidas pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e pela Organização Mundial da Saúde (OMS), serve como referência para a elaboração de regulamentos nacionais e regionais em todo o mundo. O Codex aborda uma ampla gama de temas, incluindo boas práticas agrícolas, higiene de alimentos, rotulagem e aditivos alimentares.
Certificações de segurança dos alimentos
As certificações são concedidas a empresas que demonstram conformidade com as normas e requisitos estabelecidos. Algumas das principais certificações incluem:
- FSSC 22000: Baseada na ISO 22000, é um esquema de certificação reconhecido globalmente e abrange as boas práticas de fabricação, controle de qualidade e gestão de riscos
- BRCGS (Brand Reputation Compliance Global Standards): Estabelece padrões de segurança dos alimentos para a indústria de varejo;
- IFS (International Featured Standards): Similar ao BRCGS, define requisitos de segurança dos alimentos para fornecedores e produtores.
Essas certificações são concedidas por órgãos de certificação independentes e garantem que as empresas adotem práticas eficazes de segurança de alimentos.
Regulamentações nacionais e internacionais
Os órgãos regulamentadores, como o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) no Brasil e a Food and Drug Administration (FDA) nos Estados Unidos, são responsáveis por estabelecer e garantir o cumprimento de regulamentos relacionados à segurança e qualidade dos alimentos em seus respectivos países.
As regulamentações nacionais e internacionais frequentemente incorporam normas e diretrizes desenvolvidas por organizações como o Codex Alimentarius e padrões de certificação reconhecidos. Elas são aplicadas por meio de inspeções regulares, auditorias e medidas corretivas, visando proteger a saúde dos consumidores e garantir a integridade dos alimentos.
Interseção entre normas, certificações e regulamentações
As normas, certificações e regulamentações são desenvolvidas e mantidas por órgãos independentes, porém estão interligadas e se complementam para garantir a segurança dos alimentos e a conformidade regulatória.
Por exemplo, o esquema de certificação FSSC 22000 é baseado na ISO 22000, as demais não seguem o que diz o Codex Alimentarius. Todas essas normas são reconhecidas pelo GFSI (Global Food Safety Initiative) uma organização que mantém um efetivo trabalho para comparar os padrões de segurança dos alimentos em toda cadeia produtiva.
As normas como ISO 22000, FSSC 22000, BRCGS e IFS estabelecem requisitos detalhados e rigorosos para garantir a segurança dos alimentos, qualidade e conformidade regulatória na indústria de alimentos. Embora essas normas sejam desenvolvidas e mantidas por órgãos independentes, elas frequentemente incorporam requisitos e diretrizes de órgãos regulamentadores como o MAPA, FDA e Codex Alimentarius.
Embora as normas sejam regulamentadas por órgãos independentes, sua adesão muitas vezes implica na conformidade com regulamentos nacionais e internacionais relevantes, proporcionando uma abordagem globalmente aceita para garantir a segurança e qualidade dos alimentos.
Portanto, ao obter a certificação nessas normas, as empresas demonstram que atendem aos mais altos padrões de segurança dos alimentos e gestão da qualidade.
De modo geral, as normas, certificações e regulamentações desempenham papéis essenciais na garantia desses padrões, fornecendo diretrizes e requisitos que orientam as melhores práticas e promovem a conformidade em toda a cadeia de produção e distribuição de alimentos.
A conformidade com esses padrões não apenas protege os consumidores contra riscos à saúde, mas também fortalece a reputação e a competitividade das empresas no mercado global.
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