Substâncias químicas em embalagens de alimentos: O que você precisa saber?
A segurança dos alimentos não depende apenas dos ingredientes e do processo de produção. As embalagens também desempenham um papel fundamental, podendo influenciar diretamente a qualidade e a segurança do que consumimos.
Recentemente, estudos identificaram mais de 3.600 substâncias químicas em embalagens de alimentos, muitas das quais ainda não foram completamente avaliadas quanto às suas implicações para a saúde.
Mas o que isso significa para a indústria alimentícia e como garantir que os produtos estejam seguros?
O risco oculto nas embalagens
As embalagens de alimentos são projetadas para proteger os produtos, prolongar sua validade e garantir a segurança. No entanto, podem conter substâncias que migram para os alimentos, colocando em risco a saúde dos consumidores.
Entre os principais químicos encontrados estão:
– Bisfenol A (BPA): utilizado em plásticos e revestimentos internos de latas, associado a distúrbios hormonais.
– Ftalatos: presentes em plásticos flexíveis, podem afetar o sistema endócrino.
– PFAS (Substâncias Perfluoroalquiladas e Polifluoroalquiladas): usadas em embalagens resistentes a óleo e à umidade, relacionadas a problemas metabólicos e cancerígenos.
– Tinta e adesivos: utilizados na impressão de rótulos e colagem de embalagens podem liberar substâncias tóxicas.
A contaminação ocorre através da migração química, um processo em que os compostos presentes na embalagem passam para o alimento, especialmente quando expostos ao calor ou armazenados por longos períodos.
O que diz a regulação?
A legislação está avançando para garantir que as embalagens de alimentos sejam seguras, mas ainda há muitos desafios. No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) regula materiais em contato com alimentos por meio de normas específicas entre elas:
– RDC 56/2012 – Dispõe sobre a lista positiva de monômeros, outras substâncias iniciadoras e polímeros autorizados para a elaboração de embalagens e equipamentos plásticos em contato com alimentos. Alterada pela RDC 326/2019 e RDC 589/2021;
– RES 105/1999 – Aprovar os Regulamentos Técnicos: Disposições Gerais para Embalagens e Equipamentos Plásticos em contato com Alimentos e seus Anexos Alterada pela RDC 17/2008; RDC 51/2010; RDC 52/2010; RDC 41/2011; RDC 56/2012; RDC 326/2019; RDC 589/2021; RDC 843/2024;
– Resolução GMC 32/2007 (MERCOSUL) – RTM sobre “Lista Positiva de Aditivos para Materiais Plásticos destinados à elaboração de Embalagens e Equipamentos em Contato com Alimentos.
A União Europeia e os EUA têm regulações mais rigorosas, como a proibição de BPA em mamadeiras e restrições ao uso de PFAS em embalagens. No entanto, muitas substâncias ainda são permitidas sem avaliações completas.
Como reduzir riscos na indústria?
Para evitar problemas relacionados a contaminação química por embalagens, as indústrias alimentícias devem adotar boas práticas de segurança.
Aqui estão algumas estratégias:
– Escolher fornecedores certificados: Certifique-se de que os materiais utilizados estejam em conformidade com normas internacionais e nacionais;
– Testes de migração: Realizar análises laboratoriais periódicas para verificar a presença de substâncias químicas;
– Utilizar materiais inertes: Optar por vidros, aço inoxidável e plásticos de baixa migração;
– Rastreabilidade de insumos: Manter registros detalhados sobre as embalagens utilizadas;
– Armazenamento correto: Evitar calor excessivo e umidade, que podem acelerar a migração de químicos para os alimentos.
O papel da tecnologia na segurança das embalagens
Com o avanço da tecnologia, as indústrias têm agora ferramentas poderosas para gerenciar e monitorar a segurança dos alimentos.
O Qualis 22 é um exemplo de software que pode ajudar nesse controle, pois:
🔹 Possui um completo banco de dados de perigos (que podem ser associados aos materiais de embalagem) e superfícies de contato (associados a equipamentos em contato com alimentos);
🔹 Permite o cadastro de materiais de embalagem, e posterior associação aos processos produtivos;
🔹Ajuda a gerenciar os níveis aceitáveis dos perigos relacionados aos materiais de embalagem.
Dessa forma, é possível minimizar riscos e garantir que os produtos estejam em conformidade com os padrões mais exigentes do mercado.
A presença de substâncias químicas nas embalagens de alimentos é um tema cada vez mais relevante para a indústria alimentícia e para os consumidores. Empresas que priorizam a segurança e a transparência na escolha de materiais garantem não apenas conformidade regulatória, mas também a confiança do mercado.
Com ferramentas como o Qualis 22, é possível gerenciar esses desafios de forma automática e eficiente, protegendo a qualidade dos alimentos e a saúde dos consumidores.
Quer saber mais sobre como automatizar o controle de segurança dos alimentos? Entre em contato e descubra como o Qualis 22 pode ajudar sua empresa a se manter sempre um passo à frente!